domingo, 20 de julho de 2008

TEMPO PERDIDO



Amei em tempos idos,
Tempos vividos, tempos perdidos,
Em que la se vão.
Alguém que tanto eu amava,
Fingindo para mim,
Traiu meu coração.
Talvez tivesse razão,
Eu era pobre,
Não podia dá-lhe o luxo nobre
Que tanto desejava.
Acostumada aos festins,
esquecia sempre de mim,
O único que lhe adorava.
Mas a vida é mesmo assim,
Nem sempre os que começam
Chegam ao fim,
Pela força cruel do destino.
Que culpa tenho eu
De não ser grã-fino
E ter nascido plebeu?
Agora, depois que tudo aconteceu,
Não acredito mais no amor,
Nem na amizade pura,
Diga que quiser que seja loucura,
Mais só acredito em Deus.

*JOSE AUGUSTO CAVALCANTE*

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