segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

PAIS AUSENTES


Pais ausentes...
Filhos carentes
Doentes, desobedientes
Irreverentes, inconsequentes
Desafeiçoados, ingratos
Malvados, selvagens
Ferozes animais
Mentes insanas
Hienas humanas
Crianças, homens
Sociedade, mundo
Todos vítimas
De um sistema voraz



AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

FOME DE AMOR



Sem você
Cama vazia
Noite fria
Solidão invade
Saudade bate
Lembranças doem
Desejos corroem
Olhos choram
Lágrimas rolam
Boca geme
Lábios tremem
Coração acelera
Pulsação altera
Mãos inquietas
Buscas incertas
Vontades insanas
Pernas bambas
Estúpido libido
Sexo incontido
Ânsia ardente
Passado presente
Alegria e dor
Esqueço que sou
Desconheço a razão
É pura paixão
É loucura do coração
É fome de amor.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTOCAVALCANTE

O GOSTO AMARGO DA DOR


Se eu tivesse deixado os vícios e costumes mundanos
E fosse menos egoísta e mais humano,
Não estaria sentindo o gosto amargo da dor.

Se as minhas posses fossem usadas para o bem
Doando um pouco para aqueles que nada tem,
Não estaria sentindo o gosto amargo da dor.

Se meus lábios falassem a linguagem dos aflitos
E o meu coração compreendesse as necessidades dos mendigos.
Não estaria sentindo o gosto amargo da dor.

Se eu compreendesse as fraquezas dos corações
E aceitasse os irmãos com suas limitações,
Não estaria sentindo o gosto amargo da dor.

Se por toda minha vida estivesse praticado caridades
Com desinteresse e espontaneidade,
Não estaria sentindo o gosto amargo da dor.

Se eu tivesse amado meu DEUS na sua profundidade
E as minhas ações fossem instrumento da sua vontade,
Não estaria sentindo o gosto amargo da dor.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

PAI, QUERIDO CARPINTEIRO



Querido carpinteiro
Amigo de todas as horas
Verdadeiro e único companheiro.
Como tu eras forte e cheio de esperança
Mas na minha ingênua ignorância
Sua atitudes nem sempre eram corretas.
Homem bruto e rude como pedra
Suas regras eram rígidas e tinham punições severas
Presente em minha alma a cada amanhecer
Por Deus, a minha rebeldia não permitia compreender
Suas razões e preocupações de pai.
Mas no dia em que a tumba lacrou seus restos mortais
Pude compreender o quanto era valiosa a sua preocupação
Para o processo evolutivo de minha formação.
Neste momento meus olhos lacrimejam, foge-me os vocábulos.
Lembranças do passado toma-me por inteiro.
Meus pensamentos materializam-se e trazem a mim
A presença do querido pai carpinteiro.
Foram momentos indescritíveis de felicidade
Que só a espiritualidade pode nos oferecer.
Quantas saudades, anos se passaram
Meus cabelos branquearam-se deixando-me igualmente a você
Agora posso compreender suas atitudes,
Enxergar qualidades e virtudes, entender erros e defeitos.
Assim foi fácil perceber que você queria-me do seu jeito.
Por tudo, eu quero agradecer-lhe em prece,
Pela palavras bruscas que invadiam meu ser,
Elas serviam-me de advertências.
Pelos gestos firmes e fortes que amedrontavam-me,
Elas continham respeito e cordialidade.
Pelas palmadas que arderam na minha carne e no meu coração,
Elas fizeram-me homem e cidadão.
Por todo amor que sempre recebi e por toda minha ingratidão,
Venho humildemente suplicar-lhe o perdão.
Porque jamais poderia compreender
Que tais atitudes seriam simplesmente para me proteger.
Obrigado meu pai, querido carpinteiro
Meu eterno amigo e fiel companheiro.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

MEU PAI - ETERNAS SAUDADES



Meu velho e amigo de todas as horas
Embora tenha sido frágil diante da morte
Foste forte diante da vida
Vida sofrida, vida perdida
Vida que foi se perdendo
Na triste solidão da família
Nas lembranças felizes daqueles dias
Quando todos reuniam-se
Em torno de ti sorrindo felicidades
Quantas saudades as lembranças me trazem
E me fazem crê que nada adiantou
Aquela casa vazia palco das suas agonias
Que a morte lentamente preparou.
Anos se passaram e o tempo mostrou
Que não é assim que se faz
Lacrado na tumba jaz
Enfim a paz pro seu drama
O corpo imerso na lama
O espírito na eternidade
Deixando a dor da saudade naqueles que te amam.
Agora que as mágoas passaram
As lembranças se perderam no tempo
As lágrimas se foram no vento
Restando resquício de uma vida
Construída de sacrifício e honestidade
Por isso é bom refletir com serenidade
Porque seja o erro qual for
Atire a primeira pedra aquele que nunca errou.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

MEU DEUS...



Quantos caminhos andei
Quantos amigos atraí
Quantos rostos esqueci
Quantas vezes me perdi
Quantas vezes me encontrei
Quantas vezes amei
Quantas vezes me enganei
Quantas vezes fingi
Quantas vezes caí
Quantas vezes levantei
Quantas vezes murmurei
Quantas vezes chorei
Sozinho a minha dor
Meu Deus
Derrama sobre meus passos
O bálsamo da tua coragem
Para que eu possa caminhar em prumo
Seguir sem medo seu rumo
Migos irmãos encontrar
Pra amar sem medida
Numa confiança infinita
Na felicidade irrestrita
Da certeza incontida
De ao menos noutra vida
Contigo vou estar.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

ESTÁBULO SAGRADO




Luzes reluzem sobre o estábulo
Cenário infecto dos animais
Um leito de capim e feno
Berço humilde e esplêndido
Pra acolher o príncipe da paz.
Era madrugada em Belem
Surge no céu uma estrela
Seus raios de intenso luzeiros
Brilham por mundos inteiros
Saudando o messias
Único e verdadeiros.
Gloria ao pai nas alturas
Louvado seja tua luz
Nasceu para todas criaturas
O filho de Deus
JESUS.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

CÉU E INFERNO


No dia do juízo final
Dois caminhos surgirão no além
Em silêncio Pai eterno acolherá os filhos do bem
Aos gritos satanás invocará os filhos do mal

Tumbas se racharão e delas sairão almas assustadoras
Anjos louvarão glorificando o supremo tribunal
Satanás impaciente aguardará as almas pecadoras
Enquanto a justiça divina dará a sentença final

Raios luminosos iluminarão as portas do paraíso
Anjos em legiões anunciarão o esperado veredicto
Pobres almas de olhos arregalados e corpos esquisitos
Assistirão submissas subirem ao céu apenas espíritos escolhidos

Um grito de horror cortará as trevas infernais
Os portões ardentes do inferno serão abertos
As almas perdidas brigarão averno
Diante dos olhos fumegantes de satanás

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

ELITA, MINHA MULHER



Meu amor...
És a deusa de minha idolatria
És a inspiração de minhas poesias
És o calor que me aquece nas noites frias
És o fetiche que estimula minhas fantasias
És a energia que preciso nos meus dias
És o analgésico que anestesia minha dor
Meu amor...
És o perfume que exala em meu jardim
És a rosa que desabrocha só pra mim
És o encanto de todas as flores
És a ternura de todos os amores
És a lágrima de todas as dores
És o coração que pulsa em mim
Meu amor...
És essência de prazer e fidelidade
És a certeza de minha cara metade
És a fonte que jorra meus desejos
És a chave que desvenda meus segredos
És a força do amor sem medo
És o leito de minha felicidade.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

NATAL - AMOR E REFLEXÃO




É natal.
É tempo de esperança e fé.
É tempo de harmonia e confraternização.
É tempo de amor e reflexão.
Então, vamos refletir sobre o natal dos nossos irmãos
Necessitados e excluídos de tudo e de todos por toda vida.
Enquanto alguns querem neste natal uma ceia farta e luxuosa,
Muitos querem apenas o que comer.
Enquanto alguns querem roupas finas para atender suas vaidades,
Muitos querem apenas o que vestir.
Enquanto alguns põe lentes de contato para embelezar a cor dos olhos,
Muitos querem apenas enxergar.
Enquanto alguns gastam tanto para terem unhas bonitas,
Muitos querem apenas as mãos.
Enquanto alguns passam horas nas academias para manter a vaidade do corpo,
Muitos querem apenas se locomover.
Enquanto alguns compram sapatos caros de marcas exuberantes,
Muitos querem apenas os pés.
Enquanto alguns querem neste natal carros luxuosos para envaidecerem seus egos,
Muitos querem apenas o milagre de andar.
Enquanto alguns buscam neste natal pessoas para satisfazerem seus desejos,
Muitos querem apenas um sorriso para terem um natal feliz

JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

A DOR DA LÁGRIMA DISFARÇADA



A lágrima que mais dói
É aquela que não se vê
Que nasce da rejeição
Que te joga no chão
Que tem gosto de perdão
Que rasga o coração
Sem niguém perceber

A lágrima que mais dói
Não molha nossa face
É a lágrima do disfarce
Que os olhos não alcançam
Que nos faz perder os sentidos
Que prende o eco do grito
E explode na garganta

A lágrima que mais dói
Os olhos não choram
Nasce do choro engolido
Do soluço contido
Do olhar perdido
Dos amigos inimigos
Que machucam e vão embora.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

DOIS CAMINHOS



Nos caminhos que o destino me leva
Um deles tem luz, o outro tem trevas
O de luz ilumina meus passos por onde passo
O de trevas tudo me cega, e erro tudo que faço

São dois caminhos que surgem a minha frente
Tão somente pra julgar erros do meu passado
Agarrado as riquezas que em vida consegui
Esqueci de amar os que me amavam de verdade

Quando chegar o dia do juizo final
Absorve-se o bem e condena-se o mal
Minha alma arrependida teme o pior
Minha carne apodrecida dissolvida virou pó
E as riquezas que eu tinha ficaram para traz
Menos os pecados por mim cometidos
Como forma de castigo tortura meu espírito
Tirando-me a paz.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

AGORA É TARDE


Sempre te procuro
Deixo de lado meu orgulho
Faço juras de amor
Peço-lhe até por favor
Uma chance pra te amar
Mas você não me enxerga
Minhas qualidades você despreza
Fingindo não me vê.
Quem sabe, amanhã se resolver me querer
Talvez eu já não lhe queira
Se por acaso me procurar pra falar de amor
Por favor, não adianta
Você não me engana
O que está feito não se desfaz
Ontem você me humilhou,
Hoje você me enxergou
Agora é tarde de mais.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

AMO SEU BEIJO


Não amo a sua boca vermelha,
De contorno perfeito,
De lábios carnudos,
De hálito puro,
De dentes brancos
E sorriso franco.
Tudo isso me atiça
E estimula meus desejos.
O que mais amo em você,
É a pureza do teu ser
E a doçura do seu beijo.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

sábado, 22 de novembro de 2008

REFLEXÃO - LÁGRIMAS DE JESUS



Que bom seria
Se todos tivessem compreendido
O sermão da montanha,
Ou sentissem as dores das lágrimas
Que rolaram na face de Jesus
E molharam o Monte das Oliveiras.
Com certeza a humanidade teria paz,
E nós nos amaríamos muito mais.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

ALMA EM SÚPLICA


Senhor, estou acorrentado aos erros do passado
E como castigo construí meu próprio cárcere
Um rico jazigo todo de mármore
Onde meu corpo apodrece junto aos vermes do pecado

Senhor, quebra o lacre desta sepultura
Resgata-me desta cova pútrida e frígida
Onde minha alma arde arrependida
E meu espírito agoniza em tortura

Vem, santo espírito consolador
Arrebata-me deste sepulcro podre
Antes que os vermes devorem meu corpo
Derrame sobre este túmulo o bálsamo do teu amor

Senhor, tu que és o caminho, a verdade e a vida
Salva-me deste jazigo e leva-me pra onde quiseres
Mas não permita ao meu espírito o castigo
De ver o corpo consumido pelos vermes

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

terça-feira, 18 de novembro de 2008

GOSTO HUMANO OU DIVINO


Quando nós
Em nossas orações
Pedimos graças a Deus,
É bom não transformar
Nossos desejos em pedidos,
Por que tudo que nós desejamos
Tem as impurezas do gosto humano.
É por isso que nem sempre o que é bom para nós,
É bom para Deus que tem a pureza e o gosto divino.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

REFLEXÃO


Quanto mais nós ficamos
Em torno do bem,
Menos espaço
Deixamos para o mal.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

FILHOS INFELIZES, IRMÃOS INIMIGOS


Meu Deus,
Olhai os lares que se tornaram abrigos
De filhos infelizes e irmãos inimigos
Fingidos de amigos
Diante da dor.

Tende piedade Senhor
Destas pobres almas ignorantes,
Jamais por um instante
Foram instrumento
Do teu amor.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

CÁRCERE CARNAL


Senhor,
Tenho sede de você
Tenho fome de te vê
Tenho vontade de morrer
Me desprender deste cárcere
Esta carne que me envolve
Me prende e me absorve
Desde quando eu existo
Foram tantos conflitos
Que sinto-me perdido
Entre as vaidades da carne
E a humildade do espírito.
Então vem Senhor,
Tira-me deste conflito
E leva-me contigo.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

MORTE LENTA



Quando a alma vive em pecado
Haverá um momento em que o espírito fragilizado
Atrairá para si as enfermidades da carne
E o corpo enfermiço perecerá em remorso
As lembranças sórdidas do passado

O prenúncio do desencarne
Impõe ao encarnado
A tortura do pecado
Que encarcerado no leito
Agoniza seu pesar com a morte lenta da carne

Ó morte impiedosa, paciente e invencível
Com lágrimas e gritos celebra seus ritos
Rondando o corpo até o útimo suspiro
Quando o espírito deixa o corpo abrigo
E parte endividado por mundos infinitos

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

terça-feira, 28 de outubro de 2008

SONHOS DO AMANHÃ


Sonhe,
Mas sonhe grande,
Por que amanhã
Serás exatamente
Do tamanho dos seus sonhos.
*
Autor-José Augusto Cavalcante

SONHO-UMA NOVA ESPERANÇA


Sonhe,
Mesmo que seus sonhos
Sejam de quedas e fracassos,
Levanta-te e segue adiante,
Por que sempre existirá
Uma nova esperança.
*
Autor-José Augusto Cavalcante

SONHOS-REALIZAÇÕES E FANTASIAS


Sonhe,
Mesmo que seus sonhos
Pareçam grandes utopias,
Sempre existirá dentro de nós
Dois mundos:
Um de realizações,
Outro de fantasia.
*
Autor-José Augusto Cavalcante

SONHAR É PRECISO



Sonhe,
Não importa a idade que tenhas.
Por que através dos sonhos,
Os jovens buscam seus ideais
E os velhos renovam suas esperanças.
*
Autor - José Augusto Cavalcante

PAIXÃO QUE ME COMPLETA




És a razão de minhas alegrias
Estímulo de minhas fantasias
Musa de minha inspiração
Paixão que me completa
Mulher na medida certa
Pulsar do meu coração
II
Perfume que exala em meu jardim
Rosa que desabrocha só pra mim
Fruta que mata minha fome
Fidelidade que honra meu nome
Beleza que me envaidece como homem
Presente de Deus para mim
*
AUTOR-JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

DEUS ME DEU VOCÊ




Deus me deu você
Para que eu me enxergasse,
Para manter-me forte
E ajudar-me a tocar em frente.
Deus me deu Você
Para aceitar-me como sou,
Para entender minhas dificuldades,
Para que eu tivesse
Um anjo de verdade.
Deus me deu Você
Para trazer-me lições,
Ajudar-me a crescer
E fortalecer meu espírito.
Deus me deu Você
Para dar-me esperanças,
Clarear meus pensamentos
E encorajar os meus sonhos.
Deus me deu Você
Para inspirar-me a ser
O melhor que eu possa,
Para mostrar-me a importância
Da verdade e da alegria
De oferecer meu coração
Ao conforto de um outro coração.
Deus me deu Você
Para ensinar-me a deixar
As tristezas de lado,
Para eu declarar-me vulnerável
Quando assim estou
E para mostrar meu verdadeiro eu
E minhas ocultas esperanças.
Ele me deu Você
Para me abençoar
Com sua bondade ...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

JEITO OUSADO




Com esse jeito ousado
Invadisse minha privacidade
Descobrisse minhas vontades
E meus caminhos do prazer
Conhece todo meu querer
Minhas tristezas e minhas alegrias
Sabes das minhas fantasias
Das taras e manias que tenho por você
II
Com esse jeito ousado
Tu me levas ao pecado
Me deixas sem sentido
Por um querer desmedido
Que chega sem demora
Que explora meus segredos
Que devora meus desejos
Me atiça e vai embora.
*
AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

UMA NOITE INTEIRA DE AMOR


Deixa-me te amar
Por uma noite completa
Mas que seja repleta
De sexo total
Desejo carnal
Amor bandido
Espelhos, fetiches
Algo imoral
Sexo animal
Selvagem, sem medo
Quebrando segredos
Rompendo tabus
Nossos corpos nus
Criando posições
Sussurrando palavrões
Com gemidos gritados
Orgasmos falados
Na cama, no chão
Na sala, no quarto
Deitada, de lado
Por cima, por baixo
Em pé, de quatro
Em qualquer posição.
Quero te amar
De minha maneira
Ou seja de que maneira for,
Mas que eu seja o primeiro a te ensinar
A verdadeira arte de fazer amor.
*
AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

GAROTA DE PROGRAMA



Garota de programa
Mente insana
Orgulho ferido
Corpo explícito
Bocas vermelhas
Lábios ávidos
Seios fartos
Sedução e luxúria
Traços provocantes
Buscam amantes
Exalando seu cheiro
Libidos e desejos
Sexo submisso
Orgasmos fingidos
Amantes de lixo
Travestido de luxo
Corpos sujos
Repúdio do amor
Frustração e dor
Depois do prazer
Vontade de esquecer
Momentos vividos
Tempos perdidos
A serviço do prazer.
*
AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

UMA GATA NO CIO


Vem,
Faceira, inteira,
Provocando arrepios
Como uma gata no cio
Soltando miados,
Sussurros safados,
Instinto animal,
Sexo total,
De quatro, de lado,
Por cima, Por baixo,
Na cama, no quarto,
Dentro do carro,
Tudo normal.

Então vem,
Calada, tarada,
Molhada, perfumada,
Toda submissa,
Tudo me atiça,
Que delícia de felina,
Mulher, menina,
Manhosa, dengosa,
Gostosa, fogosa,
Animal em extinção.
Paixão que me tortura,
Sexo que faz loucura,
Prazer que dá tesão.

AUTOR-JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

BEIJO ROUBADO




Aquele beijo roubado
De desejo ousado
Com gosto de pecado
E prazer desmedido
Libido sem medo
Quebrando segredo
Fazendo sentido
Deixando saudades
Criando vontades
De um novo querer
Com amor e prazer
Como o beijo deve ser
Sem pecado, desejado
Amado e sentido
Por mim e você

Autor - José Augusto Cavalcante

AMIGOS OU AMANTES




Quando nossas bocas se encontram
Nossas línguas se misturam
Nossos gostos se apuram
E os instintos se excitam

Pensamentos rápidos e pervertidos
Mãos ávidas e atrevidas
Buscam passagens proibidas
Nunca exploradas antes

Essa vontade incontida
De desejos jamais sentidos
Transcende a essência fraterna de amigos
E aflora a cumplicidade de amantes.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

ACORDANDO COM DEUS



Meu Deus... amanhã quando eu acordar
Reveste-me de humildade e sabedoria,
Para que eu possa compreender
Que cada dia de minha vida
É uma oferta recebida de ti.

Meu Deus... amanhã quando eu acordar
Reveste-me de tua bondade,
Para que eu enxergue meu próximo
Com os olhos da alma,
E ao falar brotem dos meus lábios
O bálsamo que acalma.

Meu Deus... amanhã quando eu acordar
Derrama sobre meus passos
Luzes da tua benevolência,
Assim deixarei nas minhas caminhadas
Pegadas que marcam a tua presença

Meu Deus... amanhã quando eu acordar
Dai-me força, coragem, energia e prudência
Para que eu seja instrumento da tua vontade
Não só amanhã,
Mas todos os dias da minha existência

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

sábado, 11 de outubro de 2008

QUANDO O AMOR É MAIOR





Quando se ama dar-se um jeito para tudo.
Não violenta, não fere, não discute,
Não sufoca e não esquece,
Ama simplesmente.
O que se tem é divido com alegria e equilíbrio,
E esta divisão é consequência desse amor.
Para amar exige serenidade e sacrifício,
Jamais chegaremos ao amor se não renunciarmos
Aos caprichos da vaidade, orgulho, egoísmo,
E tudo que leva ao desamor.
É preciso trazer do ventre o dom da humildade
Para poder amar intensamente
E compreender limites e fraquezas de cada um.
Quando se ama, a alma ganha dimensões infinitas,
E se agiganta diante dos obstáculos
Com força, determinação e coragem.
Não são alguns elogios,
Nem a vaidade das aparências
Que eleva o ego de quem ama.
Somente a solidariedade desinteressada
E a caridade espontânea revela todo o amor,
E só este amor enaltece os corações daqueles
Que encontraram na humildade de se doar
A verdadeira obra do amor.

AUTOR: JOSE AUGUSTO CAVALCANTE.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

SORRISO DA INOCÊNCIA



Ser criança é viver
Ser criança é aprender
Crianças aprendem com seus mestres
Maneiras diferentes do saber
*
Porém, quando crescem e conhecem a dor
Descobrem que foram enganados com fábulas de amor
Ensinar o amor falando sempre a verdade
É o princípio moral das boas sociedades
*
Hoje somos jovens e amanhã seremos velhos
Vivendo numa sociedade que tolha a liberdade
Excluindo da criança o direito de ter na infância
O sorriso da inocência e o prazer da felicidade
*
AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

JOVENS IMATUROS



As crianças já não brincam como antes
Não se interessam mais pelos seus brinquedos
As estórias de bruxas já não lhes fazem medo
Por isso mesmo é preocupante
*
Esse mundo moderno e as vezes indecente
Carente de amor e esperança
Traz o virtual pra infância
E faz das crianças precoces adolescentes
*
Esta geração de jovens imaturos
Enche o mundo de adultos inseguros
Prematuros pra o futuro que irão ter
*
Mas quando a coisa pega pra valer
Aquele corpo infantil ainda incapaz
Procura o colo dos pais um cantinho pra se esconder
*
AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

VITRINE NEURÓTICA - PARTE II - DUPLA PERSONALIDADE


A busca incessante de parecer superior aos outros,
Provoca sentimentos de vaidade, indiferença, preconceitos,
Desprezo, inveja, teatralizando hábitos psíquicos criativos
De dupla personalidade.
Este diagnóstico traumático de conflitos ilusórios,
Trava uma batalha mental para substituir a imagem verdadeira
Pela fictícia. E ainda tem de maquia-se diante das pessoas
Que num gesto de repulsa afastam-se vergonhosamente
Para não cair no ridículo da cumplicidade
A dissimulação e a incapacidade de avaliar as próprias fraquezas,
Cria uma angústia moral com resquício de inferioridade
Por conhecer suas limitações.
Porém, tudo torna mais angustiante quando se percebe
Que as aparências podem enganar as pessoas,
Mas nunca enganará a sí mesmo.
*
AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

VITRINE NEURÓTICA - PARTE I - ORGULHO


Orgulho, cegueira das imperfeições.
Sentimento de superioridade com lampejos
Imaginários de auto-afirmação condicionados as aparências.
Seus efeitos alteram o psiquísmo das pessoas criando uma falsa
Personalidade de identidade indefinível.
O orgulhoso obsessivo mantem sua auto-imagem camuflada
Em qualidades que não lhe condiz, dissimulando atitudes, gestos,
Palavras e escolhas como vitrine neurótica de sí mesmo.
Essa vitrine de exposição pessoal constitui uma personalidade
Psíquica desajustada com vida própria, tendo como único objetivo
Impor sua suposta superioridade aos olhos medíocres
Daquelas pessoas que não sabem discernir
Personalidade de personalismo.
*
AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE