sexta-feira, 23 de maio de 2008

DESPERTA-ME

Senhor,
A aridez do meu coração seca meus lábios
E dilacera meu corpo com a fúria do pecado
Então, tira-me desta secura e derrama sobre mim
Gotículas da tua misericórdia
II
Senhor,
Se um dia eu cair
E a tentação jogar-me adormecido nas trevas
Desperta-me com o estrondear dos trovões
E com cintilar reluzente dos relâmpagos
Mostrai qual o caminho devo seguir
III
Senhor,
Se as minhas forças não suportarem o peso do meu corpo
E vazio não devolver o eco de minha voz
Dulcifica meu descanso com a brandura da tua paz
Enquanto no leito de morte aguardarei o sopro final
IV
Senhor,
Depois da minha morte derrama sobre minha alma luzes do teu amor
Para que não me deixe dominar pelos espíritos inferiores
Diante das dores do meu resgate
Mas que eu seja por toda eternidade instrumento da tua vontade

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O FILHO PERDIDO


Pai quero te encontrar, me desculpar e conversar contigo
Sinto sede da tua voz, sinto fome do amigo
Sabes tudo de mim, conheces meus pensamentos
Como pude resistir ao teu amor por tanto tempo
II
Aqui estou arrependido e envergonhado, prostrado ao pé da cruz
Caído em flagelo, sob o olhar piedoso de Jesus
Momento de luz, perdão, amor e bondade
Por isso rendo-me diante da tua vontade
III
Sei que não sou digno da tua misericórdia
Tantas vezes pequei por pensamentos, palavras e obras
Estou consciente de que já não mereço
Ter um nova chance e tentar um novo recomeço
IV
Pequei dias noites sem saber o mal que causaria
Tentava do meu jeito porque não te conhecia
Jogado a noite fria o Senhor me escolheu
Procurava o filho perdido e este filho era eu
V
De joelhos pedi em prece a misericórdia do perdão
E o senhor consolou-me com afago das suas mãos
Obrigado meu pai pela minha renovação
Banha-me com teu espírito, dai-me uma nova unção
*
Autor-José Augusto Cavalcante (Comentem)

ESPERANÇA PERDIDA


Certa vez,
Olhei verdadeiramente para um homem e chorei
Ao vê-lo mendigando pelas ruas
Que na infância foram palcos das brincadeiras suas
Hoje caminhos dos sacrifícios seus
II
Ó Deus,
Como isso pode acontecer
Se para sobreviver é preciso pedir esmolas
Outros de fome se humilham e choram
Na esperança perdida de um novo amanhecer
III
Como posso compreender,
Se todos tem o mesmo direito de viver
Nascer e viver faz parte do destino
Que diferença faz ser pobre ou grão-fino
Talvez o jazigo fino para o corpo apodrecer
*
Autor - José Augusto Cavalcante (Comentem)

AMOR ESTRANHO AMOR


Senhor,
O amor que vejo pelo mundo afora,
É um amor sem demora,
É um amor abstraído,
É um amor sem sentido,
É um amor bandido,
É um amor que devora,
É um amor indefinido,
É um amor de tempo perdido,
É um amor adormecido;
É um amor que não acorda,
É um amor de paixão incerta,
É um amor que não completa,
É um amor que não liberta,
É um amor que não consola,
É um amor que faz mal,
É um amor carnal,
É um amor fatal,
É um amor que chora,
É um amor de sexo objeto,
É um amor de atração averno,
É um amor que leva ao inferno
É um amor que se evapora.

Autor - José Augusto Cavalcante

JUNTE-ME EM TUAS MÃOS


Ó Deus,
Tu que do barro me fizeste corpo,
Deste-me vida com teu sopro,
Puseste o mundo a minha volta,
Sem pedir-me nada em troca,
Ainda deste-me o teu amor.
Perdoa-me Senhor,
Pela maledicência dos meus pensamentos,
Por não seguir seus divinos ensinamentos,
E por não cumprir os mandamentos do senhor.
Aqui estou,
Prostrado aos pedaços,
Um corpo em pecado,
Um resto de barro que sobra de mim.
Então, me esmaga sem compaixão,
Depois, junte-me em tuas mãos este resto de argila,
Vira e revira até tornar-me forma definida,
É meu corpo no barro que ganha nova vida
No poder santificado das tuas mãos.
*
Autor-José Augusto Cavalcante (Comentem)

PEDAÇOS DE MIM

Meu Deus,
Como pude violar seus mandamentos,
Futilizar seus sábios ensinamentos,
Sem perceber o mau que me causaria.
Perdoa-me Senhor,
Pela fraqueza da minha ingnorância,
Pela culpa da minha arrogância,
E pela rejeição ao seu amor.
Foi preciso o esmagar da dor
Para compreender que sem você
Sou apenas um pecador.
Aqui estou aos pedaços,
Prostrado diante de ti como um vaso quebrado.
Então, junta-me Senhor e faz de mim um vaso vivificado.
Concede-me a humildade de servi-lo
E ama-lo na tua profundidade.
Liberta-me dos traumas do passado
Quebrando a corrente do pecado.
Dai-me sabedoria senhor,
Para compreender defeitos e virtudes,
Palavras e atitudes, gestos e obras.
Iluminai-me sempre por onde devo passar,
O que devo fazer, e como fazer-lo.
Capacita-me viver a tua palavra
Para melhor servir ao meu próximo.
Purifica meus lábios infectos
Para que eu possa chamar o nome do meu Deus.
Perdoa-me Senhor acolhe-me em tuas mãos.

Não permita que me afaste de ti um só momento.
Prepara-me para o grande encontro contigo.
Ampara-me quando chegar o dia da minha morte.
Chama-me quando quiseres,
Assim, poderei louva-lo por toda eternidade
Na irmanação dos espíritos escolhidos
Dando graça ao Senhor meu DEUS,
Em do nosso Senhor Jesus Cristo.

Autor-José Augusto Cavalcante

O ÉBRIO

O ébrio antes de tudo é um ausente
Algo indecente de cheiro fétido
Destino incerto e caminhos errados
Passos trocados e confusos na mente

Nas ruas cambaleando ridículo e imoral
Com gestos engraçados, penosos e humilhantes
Ricos e pobre, humildes ou arrogantes
Diante do vício são todos iguais

Debruçado sobre as suas amarguras
Pouco a pouco vai relatando sua dor
Uma triste historia de paixão e penúria
Chora a saudade de um amor que passou

Por isso ele bebe a mais triste das carências
Sem consciência embriaga-se na própria dor
Beijando as bordas frias de um copo
Tenta esquecer os lábios da mulher que tanto amou
*
Autor-José Augusto Cavalcante

FAZER AMOR OU AMIZADE


AMIZADE
É Confiança
Segurança.
É confidenciar
Acreditar
Dividir
Construir
Equilíbrio
Firmeza
Cooperação
Solução.
É aceitar erros
Felicitar acertos
Compreender defeitos
Entender derrotas.
É alegrar-se nas vitórias
Tolerar desenganos
Suportar desencontros
Se dispor a qualquer hora
Sofrer quando o amigo for embora
Trocar tristeza por alegria
Substituir solidão por companhia
Senti-se feliz com seu sorriso
Chorar a dor do amigo.
É paixão que não se ver
É sentimento de lealdade
É amor de verdade
Que brota sem perceber.

FAZER AMOR
É emoção
Excitação
Puro tesão
Sensibilidade
Entrega da carne
Toque de pele
Arrepio que repele
Corpo no corpo
Rosto no rosto
Gosto de boca
Coxas nas coxas
Sexo no sexo
Balbucio e murmúrio
Gemidos e sussurros
Algo indecente
Beijos no ventre
Desejo ardente
Doce loucura
Paixão e luxúria
Soluço e espasmo
Êxtase e orgasmo
Vergonha sem pudor
Calor no remexer
Lágrimas de prazer
Razão de viver
Morrer e nascer
Pra amar e fazer amor

Autor-José Augusto Cavalcante

SABEDORIA DO SILÊNCIO


Que Deus cale minha voz
Diante de um insulto
Que Deus cale minha voz
Diante de uma ofensa
Que Deus cale minha voz
Diante de uma reprovação
Que Deus cale minha voz
Diante da ira dos inimigos
II
Que Deus me dê a graça
Da sabedoria do silêncio
Que Deus me dê a graça
Da pureza do perdão
Que Deus abra o meu coração
E retire todo ressentimento e desamor
Para que eu possa receber de Jesus
Grandeza do seu eterno amor
*
Autor-José Augusto Cavalcante (COMENTEM)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

MENINA MULHER


Tua boca molhada me diz o que quer
Tua mente infantil nada imagina
Entre as coxas abertas a pérola mais linda
Que faz da menina, um corpo de mulher
II
Menina mulher, fruta madura
Comida pura, mulher objeto
Fizeste de mim escravo de sexo
Fantazia viva de nossas luxúrias
III
É uma loucura ver seu corpo bailando
O orgasmo chegando
No seu remexer
IV
É de enlouquecer
Seus gritos gemidos
Momentos vividos de intenso prazer
*
Autor - José Augusto Cavalcante

OBJETO DO PRAZER


Tu és a fantasia do prazer e do amor
És o calor que me aquece nas noites frias
És a energia que preciso nos meus dias
Es o analgésico que anestesia minha dor
II
Mulher amante que me embriaga com seus beijos
Mulher sem medo pra amar e ser amada
Que faz amor como uma gueixa depravada
Estimulada se contorce de desejo
III
Ao deitar nua se insinua sensual
Seu corpo vira meu brinquedo predileto
Errado ou certo quero ser seu objeto
De prazer e de luxúria sexual
IV
Quando acorda sem vergonha, pede mais
Sua boca carnuda faminta me procura
Suas coxas entre as minhas se misturam
E teus seios me perfuram como dois punhais.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE