quinta-feira, 22 de maio de 2008

O ÉBRIO

O ébrio antes de tudo é um ausente
Algo indecente de cheiro fétido
Destino incerto e caminhos errados
Passos trocados e confusos na mente

Nas ruas cambaleando ridículo e imoral
Com gestos engraçados, penosos e humilhantes
Ricos e pobre, humildes ou arrogantes
Diante do vício são todos iguais

Debruçado sobre as suas amarguras
Pouco a pouco vai relatando sua dor
Uma triste historia de paixão e penúria
Chora a saudade de um amor que passou

Por isso ele bebe a mais triste das carências
Sem consciência embriaga-se na própria dor
Beijando as bordas frias de um copo
Tenta esquecer os lábios da mulher que tanto amou
*
Autor-José Augusto Cavalcante

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