quarta-feira, 1 de outubro de 2008

REMORSO DA ALMA



Quanto mais me aproximo da morte,
Mais meu passado torpe
Tortura minha alma
E meu corpo sofre
As enfermidades da carne.
Jogado num cárcere hospitalar
Amargo meus últimos dias,
As sequelas das enfermidades
Trazem lembranças sórdidas do passado,
Com as dores expiatórias dos culpados.
Meu corpo padece de um mal incurável.
Minha carne arde e a morfina acalma.
Aqui neste leito infecto tudo é suportável,
Menos as dores intermináveis do pecado
Que chegam com o prenuncio da morte,
Impondo o remorso na alma.
*
AUTOR - JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

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